Museu Brasileiro do Transporte começa a funcionar em 2014 em Campinas
SÃO PAULO - No segundo semestre de 2014, a região de Campinas vai ganhar o Museu Brasileiro dos Transportes, um obra de fôlego...
LEDA ROSA
Foto : Divulgação
Investimento orçado em R$ 90 milhões, projeto usará a interatividade como ferramenta
SÃO PAULO - No segundo semestre de 2014, a região de Campinas vai
ganhar o Museu Brasileiro dos Transportes, um obra de fôlego, cujo
orçamento vai consumir R$ 90 milhões, em um arrojado projeto
arquitetônico e museológico. O objetivo da coordenadoria do projeto -
assinada pela Fundação Memória do Transporte
(FuMtran), ligada ao sistema da Confederação Nacional do Transporte
(CNT) – é “valorizar os transportes e todos aqueles que se dedicam ao
setor”, explica a diretora da entidade Elza Lúcia Panzan.
Localizada no km 143, às margens da Rodovia
Dom Pedro I, a obra tem tudo para chamar a atenção dos motoristas que
trafegarem pela rodovia, pela grandiosidade e design arrojado: duas
grandes caixas de vidro e salas de exposição que lembram contêineres
coloridos. A obra ocupa 19.200m2 e é de autoria do escritório de
arquitetura Athié/Wohnrath. As obras devem ter início em meados de 2013
e estão previstas para se estenderem por 18 meses.
No local, o público terá o museu, com 7.800 m2, o centro de convenções
com 2 mil m2 e espaços de acesso, restaurante, biblioteca e estacionamento, que totalizam 9.800 m2, além de jardins e terraços.
Logo no hall de entrada, o visitante vai se sentir como em um grande
terminal de passageiros, que terá imenso painel, como nos aeroportos,
com informações sobre programação e eventos. “Queríamos que o público se
sentisse acolhido desde a chegada, indo de um modal a outro, conhecendo
um pouco de tudo, explorando o movimento do mundo do transporte, diz
Sérgio Athié. Com foco no estudante, o museu usará variados recursos
tecnológicos, com ênfase na interatividade presente tanto no acervo fixo
quanto nas exposições temporárias. Em todas a ênfase será a importância
dos transportes e as articulações entre os vários modais.
“O visitante pode se surpreender ao entender como é a dinâmica de um
produto que ele usa no cotidiano, desde sua fabricação, muitas vezes do
outro lado do mundo, até que chegue às suas mãos”, diz Fábio Magalhães,
conceituado museólogo e ex-curador do Museu de Arte de São Paulo
(Masp).“ Além dos meios, o Museu sublinhará a relevância dos
trabalhadores do setor, muitas vezes subestimados. “Teremos depoimentos,
como os dos caminhoneiros que passaram duas semanas na Belém-Brasília,
presos pela lama, correndo até risco de vida.”
“Nosso maior desafio no momento é o financiamento e o patrocínio”, diz
Elza, que recorrerá ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) para implementar a segunda fase do projeto, cujos seis
primeiros meses de obra estão orçados em R$ 17 milhões. “Quem sabe o
BNDES nos empresta a fundo perdido”, diz a executiva, que contou com R$
1,5 milhão da CNT na fase inicial do projeto, durante o qual foram
formatados os projetos arquitetônico e museológico. “Contamos também
com o apoio e doações de todo o setor para que possamos nos manter
depois da obra concluída”, diz Elza.
No quesito sustentabilidade, o Centro de Convenções terá importância
central, como espaço aberto para uso de entidades privadas e públicas em
eventos cursos, seminários, palestras e outros eventos ligados ao setor
de transporte ou de outras áreas.
Comentário do Blog : “A ideia do museu se deu em 1996, com meu marido, Adalberto Panzan, e
hoje me sinto feliz por poder realizar esse grande sonho”, revela Elza. Adalberto Panzan, foi um grande e atuante lider do sistema de transporte rodoviario de carga e dono da transportadora Americana e um dos criador do SEST SENAT.
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