sexta-feira, 20 de julho de 2012

Ferrovia disputa clientes com destino à Argentina


A ALL América Latina Logística - empresa de transporte ferroviário que atua entre Campinas e Buenos Aires - vai dobrar o volume de carga movimentada este ano, superando 150 mil toneladas. Única empresa ferroviária do País que transporta contêineres, a ALL mantém atualmente três trens semanais com destino à Buenos Aires, embarcando em média 120 contêineres por semana. 'Nos responsabilizamos por toda a operação de exportação. Desde a retirada do produto na planta do exportador até entrega na porta do importador, com custos similares ao do transporte marítimo', diz João Carlos Rosas, diretor da ALL. 

 O bom desempenho da ferrovia - que se deve aos custos competitivos e agilidade na entrega - tem despertado a atenção de diversas empresas, que estão optando pelo trem no lugar de caminhões e navios. A Champion Papel e Celulose, por exemplo, exporta para a Argentina, através da ALL, cerca de 700 toneladas de papel por mês, trazendo, inclusive a produção da fábrica que mantém no Paraná - cerca de 200 toneladas - para ser embarcada de Sumaré. 'Os custos compensam', explica Dante Luiz Fecci, diretor de logística da Champion.

 A operação Paraná/Sumaré/Argentina custa US$ 70 por tonelada embarcada. O trem que realiza o transporte entre Brasil e Argentina possui 20 vagões e capacidade para 40 contêineres de 20 pés e de 40 pés (cada contêiner abriga de 25 a 28 toneladas). Entre as empresas que utilizam os serviços da ALL, estão a Círio do Brasil Alimentos, Halston Purina do Brasil, Colgate Palmolive Divisão Kolynos do Brasil, Aço Villares, Alcoa Alumínio, Ripasa Celulose e Papel.

A ALL América Latina Logística - empresa de transporte ferroviário que atua entre Campinas e Buenos Aires - vai dobrar o volume de carga movimentada este ano, superando 150 mil toneladas. Única empresa ferroviária do País que transporta contêineres, a ALL mantém atualmente três trens semanais com destino à Buenos Aires, embarcando em média 120 contêineres por semana. 'Nos responsabilizamos por toda a operação de exportação. Desde a retirada do produto na planta do exportador até entrega na porta do importador, com custos similares ao do transporte marítimo', diz João Carlos Rosas, diretor da ALL. 

O bom desempenho da ferrovia - que se deve aos custos competitivos e agilidade na entrega - tem despertado a atenção de diversas empresas, que estão optando pelo trem no lugar de caminhões e navios. A Champion Papel e Celulose, por exemplo, exporta para a Argentina, através da ALL, cerca de 700 toneladas de papel por mês, trazendo, inclusive a produção da fábrica que mantém no Paraná - cerca de 200 toneladas - para ser embarcada de Sumaré. 'Os custos compensam', explica Dante Luiz Fecci, diretor de logística da Champion. A operação Paraná/Sumaré/Argentina custa US$ 70 por tonelada embarcada. O trem que realiza o transporte entre Brasil e Argentina possui 20 vagões e capacidade para 40 contêineres de 20 pés e de 40 pés (cada contêiner abriga de 25 a 28 toneladas). Entre as empresas que utilizam os serviços da ALL, estão a Círio do Brasil Alimentos, Halston Purina do Brasil, Colgate Palmolive Divisão Kolynos do Brasil, Aço Villares, Alcoa Alumínio, Ripasa Celulose e Papel, Rodhia Stern, Fosbrasil, além de empresas de mineração e de cerâmica. A Magnevita, empresa de Poços de Caldas que exporta tijolos e massas refratários, e talco industrial, embarca semanalmente 500 toneladas de produtos para o município de Olavarria, distante 300 quilômetros ao sul de Buenos Aires. Este volume atende contrato de 3 mil toneladas com cimenteira argentina. O custo para retirada do produto em Poços de Caldas e entrega no município de Olavarria é de US$ 80 por tonelada, 'entre 15% e 20% mais competitivo que os custos dos modais marítimo e rodoviário', calcula Luiz Marcio Braga Guimarães, gerente de negócios para exportação da Magnevita, que vende produtos refratários para mais de cinqüenta países. As exportações da empresa devem somar US$ 40 milhões neste ano, 15% a mais que o volume embarcado no ano passado. As vendas para Argentina respondem por 10% deste volume. Outra empresa que utiliza os serviços da ALL com freqüência é a Ripasa Papel e Celulose, que iniciou os embarques há cerca de seis meses. Atualmente a Ripasa embarca 1,5 mil toneladas de papel por mês (entre 60 e 70 contêineres de 40 pés) para o mercado argentino através da ALL. 'Também exportamos pelos modais marítimo e rodoviário, mas cerca de 80% das nossas exportações para Argentina seguem pela ferrovia', diz Moacir Hayashida, chefe de serviço ao cliente da Ripasa, que exporta mensalmente 10 mil toneladas de papel tipo 'cutsize' (sulfite) e cartão (para embalagens) por mês para América Latina, Caribe, Europa, América do Norte e Extremo Oriente. Entre 15% e 18% deste total segue para o mercado argentino. De acordo com Hayashida, o bom desempenho da ALL se deve às constantes melhorias no serviço prestado pela empresa. 'No ano passado, quando o despacho aduaneiro era realizado em Uruguaiana - divisa com Argentina - o trem ficava detido por dias e o transporte demorava cerca de 22 dias. Atualmente o despacho aduaneiro é feito em Sumaré e houve ganho bastante expressivo. O custo do frete da ALL é de US$ 1,3 mil para contêiner de 20 pés e US$ 1,6 mil para contêiner de 40 pés. As entregas levam, no máximo, dez dias', diz. Os transportes rodoviário e marítimo tem custos em torno de US$ 1,9 mil por contêiner. A Fosbrasil exporta pela ALL há cerca de um ano, embarcando até quatro contêineres de 20 pés por mês de ácido fosfórico food grade (grau alimentício). Os custos, cerca de 25% mais econômicos que o transporte rodoviário e o menor risco de acidentes, são apontados como vantagens pelo supervisor de suprimentos e logística da Fosbrasil, Manoel Azevedo Coelho. A Rodhia Stern, de Poços de Caldas, também utiliza a ferrovia há cerca de um ano e já chegou a embarcar 4 mil toneladas de produtos (pet e poliester) por mês, 'mas com o aquecimento do mercado interno, aumentamos as vendas no Brasil em detrimento das exportações para a Argentina, que se situam atualmente em 2 mil toneladas por mês', diz Carlos Alberto Quintero, gerente de logística da Rodhia. A empresa, que deve encerrar o ano com exportações entre 25 e 28 mil toneladas, tem a Argentina como principal mercado, com 70% das vendas destinadas àquele país. Na avaliação de Quintero, o grande diferencial da ALL sobre as demais ferrovias brasileiras é o transporte de contêineres, 'mas a empresa ainda precisa adquirir o know-how dos operadores marítimos', completa. A LTI - Logística de Transporte Intermodal - operadora de serviço ferroviário, atende cerca de 25 clientes brasileiros e argentinos, que transportam mercadorias pela ALL, movimentando entre 8 e 10 mil toneladas de carga por mês, o dobro do movimento apurado no início do ano. Um grande número de clientes da LTI está concentrado em Poços de Caldas. O custo da tonelada retirada em Poços de Caldas (MG) e entregue em Buenos Aires se situa entre US$ 60 e US$ 65. 'Nossa meta para o ano é consolidar a movimentação em 10 mil toneladas por mês', diz Élio Mariani, gerente administrativo e operacional da LTI.


l, Rodhia Stern, Fosbrasil, além de empresas de mineração e de cerâmica. A Magnevita, empresa de Poços de Caldas que exporta tijolos e massas refratários, e talco industrial, embarca semanalmente 500 toneladas de produtos para o município de Olavarria, distante 300 quilômetros ao sul de Buenos Aires. Este volume atende contrato de 3 mil toneladas com cimenteira argentina. O custo para retirada do produto em Poços de Caldas e entrega no município de Olavarria é de US$ 80 por tonelada, 'entre 15% e 20% mais competitivo que os custos dos modais marítimo e rodoviário', calcula Luiz Marcio Braga Guimarães, gerente de negócios para exportação da Magnevita, que vende produtos refratários para mais de cinqüenta países. As exportações da empresa devem somar US$ 40 milhões neste ano, 15% a mais que o volume embarcado no ano passado. 

As vendas para Argentina respondem por 10% deste volume. Outra empresa que utiliza os serviços da ALL com freqüência é a Ripasa Papel e Celulose, que iniciou os embarques há cerca de seis meses. Atualmente a Ripasa embarca 1,5 mil toneladas de papel por mês (entre 60 e 70 contêineres de 40 pés) para o mercado argentino através da ALL. 'Também exportamos pelos modais marítimo e rodoviário, mas cerca de 80% das nossas exportações para Argentina seguem pela ferrovia', diz Moacir Hayashida, chefe de serviço ao cliente da Ripasa, que exporta mensalmente 10 mil toneladas de papel tipo 'cutsize' (sulfite) e cartão (para embalagens) por mês para América Latina, Caribe, Europa, América do Norte e Extremo Oriente. Entre 15% e 18% deste total segue para o mercado argentino. De acordo com Hayashida, o bom desempenho da ALL se deve às constantes melhorias no serviço prestado pela empresa. 'No ano passado, quando o despacho aduaneiro era realizado em Uruguaiana - divisa com Argentina - o trem ficava detido por dias e o transporte demorava cerca de 22 dias. Atualmente o despacho aduaneiro é feito em Sumaré e houve ganho bastante expressivo. O custo do frete da ALL é de US$ 1,3 mil para contêiner de 20 pés e US$ 1,6 mil para contêiner de 40 pés. As entregas levam, no máximo, dez dias', diz. Os transportes rodoviário e marítimo tem custos em torno de US$ 1,9 mil por contêiner. A Fosbrasil exporta pela ALL há cerca de um ano, embarcando até quatro contêineres de 20 pés por mês de ácido fosfórico food grade (grau alimentício). Os custos, cerca de 25% mais econômicos que o transporte rodoviário e o menor risco de acidentes, são apontados como vantagens pelo supervisor de suprimentos e logística da Fosbrasil, Manoel Azevedo Coelho. 

A Rodhia Stern, de Poços de Caldas, também utiliza a ferrovia há cerca de um ano e já chegou a embarcar 4 mil toneladas de produtos (pet e poliester) por mês, 'mas com o aquecimento do mercado interno, aumentamos as vendas no Brasil em detrimento das exportações para a Argentina, que se situam atualmente em 2 mil toneladas por mês', diz Carlos Alberto Quintero, gerente de logística da Rodhia. A empresa, que deve encerrar o ano com exportações entre 25 e 28 mil toneladas, tem a Argentina como principal mercado, com 70% das vendas destinadas àquele país. Na avaliação de Quintero, o grande diferencial da ALL sobre as demais ferrovias brasileiras é o transporte de contêineres, 'mas a empresa ainda precisa adquirir o know-how dos operadores marítimos', completa.

 A LTI - Logística de Transporte Intermodal - operadora de serviço ferroviário, atende cerca de 25 clientes brasileiros e argentinos, que transportam mercadorias pela ALL, movimentando entre 8 e 10 mil toneladas de carga por mês, o dobro do movimento apurado no início do ano. 

Um grande número de clientes da LTI está concentrado em Poços de Caldas. O custo da tonelada retirada em Poços de Caldas (MG) e entregue em Buenos Aires se situa entre US$ 60 e US$ 65. 'Nossa meta para o ano é consolidar a movimentação em 10 mil toneladas por mês', diz Élio Mariani, gerente administrativo e operacional da LTI.



Transporte Terrestre  |  28/08/2000

Nenhum comentário:

Postar um comentário