sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Engenheiros e indústria ferroviária debatem gargalo logístico


É preciso retomar o auge do transporte ferroviário que o Brasil viveu nas décadas de 1960 e 1970.

 A indústria ferroviária nacional tem condições de absorver a demanda, ela tem tecnologia para isso, porém é preciso que o governo invista na construção de ferrovias. Este foi o recado deixado pelos participantes do Fórum SAE Brasil de Tecnologia Ferroviária, realizado no dia 18 de outubro, em Campinas (SP). 


Diversos especialistas do mercado ferroviário nacional debateram a situação do setor e os investimentos que o País precisa para mudar e modernizar o sistema. Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), comentou sobre a capacidade da indústria ferroviária fez um paralelo entre o que o setor já representou ao Brasil e o que representa hoje.

De acordo com Abate é preciso desagregar o transporte de carga do transporte de passageiros. “O volume está aumentando muito e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) precisa ter suas linhas liberadas do transporte de cargas, por isso, o plano do governo é que, até o final desse ano, seja finalizada uma linha férrea que levará direto ao Porto de Santos”, explicou.

Abate contou que o faturamento do mercado ferroviário dobrou em quatro anos e a previsão para 2012 é crescer 12%. “Hoje, o Brasil possui 30 mil km de vias férreas, o ideal seria que chegasse a 50 mil km”, disse.

O executivo lembrou que, na década de 1960, o Brasil transportava 100 milhões de passageiros pelas vias férreas. Na década de 1970, cerca de 2% do PIB era aplicado em transporte ferroviário e atualmente não se aplica nem 1%. “Isso precisa mudar com urgência, a realidade hoje é outra e o País precisa continuar a crescer”, concluiu.

Atualmente, o investimento do governo em ferrovias é de R$ 1,3 bilhão, proveniente do PAC da mobilidade, que conta com R$ 32 bilhões. Segundo Abate, esses números mostram que o governo federal acredita no transporte ferroviário como solução para resolver o gargalo da logística no Brasil.

Tecnologia

No âmbito da tecnologia, o professor doutor Fabiano Fruett, da Unicamp, apresentou um equipamento desenvolvido por um estudante da instituição, que mede o nível de conforto no transporte. O dispositivo reconhece, por meio da aquisição de dados de aceleração, os pontos do percurso que houve mais oscilações, temperaturas elevadas e ruídos em excesso.

De acordo com Fruett, o sensor é capaz de mensurar, com precisão, quais os fatores que interferem na qualidade do transporte particular ou público. “Um equipamento como esse pode ser muito importante para o mercado, para quem oferece o transporte ou mesmo para o usuário”, explicou.

O consultor em soluções de logística, Jean Carlos Pejo, disse que o encontro promovido pela SAE BRASIL é uma ótima oportunidade para reunir diversos públicos e proporcionar maior facilidade de sugerir mudanças. “O setor ferroviário é muito conservador, então isso pode ajudar e muito na discussão de ideias e saídas para os diversos problemas”, comentou.

No primeiro painel, intitulado Inovações para o transporte de passageiros, Pejo afirmou que, em se tratando de tecnologia, não basta apenas implantá-la, é preciso saber exatamente o tipo de serviço que se pretende ter, o que se busca e como ganhar eficiência. “Não adianta termos linhas inúteis que não servem para nada. Não basta apenas dizer que vai funcionar. É importante implantar de forma correta e no local correto”, informou Pejo.

Outro convidado, Sérgio Lombardi, gerente de projetos da Siemens, deu exemplo quanto à necessidade de ter pleno conhecimento da tecnologia. “Por que o VLT não é considerado na matriz dos transportes? Ainda não se sabe ao certo e com propriedade tudo o que está por trás desse veículo, para uns ele é vantajoso, para outros não, mas ninguém explica o real motivo”, apontou.

O chairman do simpósio, Pedro Nogueira, acrescentou que para viabilizar o transporte de passageiros é preciso atualizar todo o leito ferroviário e trazer ao mercado novo material rodante de qualidade.

No segundo painel, Desbravando o gargalo logístico por meio de material rodante inovador, o jornalista e mediador, Gerson Toller, disse que, assim como no setor de passageiros, o Brasil está prestes a ver grandes mudanças no setor de transporte de cargas. “Hoje em dia o Brasil só possui sistemas para grandes cargas, é preciso termos também serviços para cargas intermediárias, assim como no passado”, disse.

O diretor da Progress Rail, João Sérgio Barra, afirmou que o nosso mercado está em constante evolução e que os engenheiros e a indústria são os responsáveis por fazer com que ele cresça cada vez mais. “É importante que procuremos e avaliemos as melhores soluções para nós”, ressaltou.

Sérgio Jabur, gerente de aplicação industrial e desenvolvimento de novos negócios da Scheffler, apresentou soluções nacionais e outras que poderiam vir para o Brasil. “É preciso analisar e aplicar a tecnologia que mais condiz com o nosso território e nossas necessidades”, defendeu.

O Brasil tem excelência no transporte de minério de ferro e segundo Pejo, precisamos buscar essa competência também para outros setores. “Atualmente apenas 2% do transporte de containers é feito por meio de nossas ferrovias o que faz com que ainda sejamos ineficientes nos segmentos que apresentam grande competição”, demonstrou.

Para o consultor, ser competitivo é ser competente. “Temos que fazer bem feito, não adianta implantar sem antes saber exatamente o que o mercado demanda”, disse. “O frete rodoviário ainda é muito alto porque nenhum outro setor ameaça esse mercado”, finalizou o consultor.

Fonte: O Empreiteiro

Publicada em:: 26/10/2012

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Minas ganha o maior complexo mundial de armazéns de café



A Cooperativa dos Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé), em Minas Gerais, inaugurou ontem a segunda etapa do Complexo Industrial do Japy, o maior conjunto de armazenamento do mundo para café. O Japy congrega um módulo de três armazéns e 20 silos, que somam capacidade de estocagem equivalente a 1,5 milhão de sacas de café (de 60 quilos ). O novo complexo conta também com capacidade para 180 mil sacas - ou 10,8 toneladas - de cafés preparados.

 "Esta nova estrutura é de fundamental importância para modernizar o armazenamento de café, que continua sendo o único produto que ainda usa saca de 60 quilos como embalagem", disse Carlos Paulino, presidente da Cooxupé, ao DCI.

O novo complexo levou três anos para ser erguido e consumiu investimentos da ordem de R$ 75 milhões.


Autor: Bruno Cirillo. Fonte: DCI

19/10/2012 | Café  

terça-feira, 16 de outubro de 2012

SAE BRASIL reúne especialistas em Campinas para debater o setor ferroviário nacional


Entidade promove encontro para discutir a qualidade do mercado de
 material rodante e possíveis melhorias no segmento

Para disseminar o conhecimento tecnológico da mobilidade no setor ferroviário, será realizado no dia 18 de outubro, o 1º Fórum SAE BRASIL de Tecnologia Ferroviária. O encontro acontece no auditório da Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp, em Campinas, São Paulo.


O encontro organizado pela seção Campinas da SAE BRASIL irá reunir diversos especialistas do setor que mostrarão suas soluções para melhorar esse que é um transporte barato e rápido e pode otimizar, e muito, os gastos com logística.


Pedro Nogueira, chairman do fórum, acredita que essa também será uma ótima oportunidade para os mercados automotivo e ferroviário se comunicarem e fazerem intercâmbio de ideias. “Hoje procuramos por soluções e quebramos a cabeça para descobrir coisas que já são aplicadas, basta apenas pesquisar e incorporar ao seu mercado. É preciso fazer benchmarking”, explica.


O encontro irá tratar com mais objetividade a questão de como que a qualidade do material rodante pode ajudar a melhorar a estrutura desse transporte. “Não iremos abordar a questão da infraestrutura. O que queremos mostrar é a competência que a nossa indústria tem para resolver alguns gargalos apenas desenvolvendo bons componentes para esse mercado”, afirma Nogueira.


Participantes – Para discutir e dar um amplo panorama de como está o setor ferroviário no Brasil, Vicente Abate, presidente da Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária), fará uma palestra no fórum. “Essa participação nos dará a noção da real situação desse mercado no País, e, além disso, teremos o Bernardo Figueiredo, presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL) que também enriquecerá o nosso encontro”, afirma Nogueira.


Serão apresentados, ainda, dois painéis com a participação de profissionais ligados à indústria produtora de material rodante. “Focamos os painéis na direção que queremos tomar daqui para frente na SAE BRASIL, pois enxergamos este fórum como uma grande oportunidade para reforçar a modalidade ferroviária no portfólio da entidade”, explica o chairman.


“Pela qualidade de seu conteúdo e fidelidade aos objetivos da SAE, os eventos das Seções Regionais da SAE BRASIL vêm contribuindo para o avanço de mobilidade brasileira. O foco de seus participantes e patrocinadores torna esses encontros ocasiões ideais para lançamento de produtos inovadores e ideias avançadas”, diz Vagner Galeote, presidente da SAE BRASIL.



Veja abaixo a programação completa do fórum:

9h - Palestra de abertura

9h10 - Palestra de Vicente Abate, presidente da ABIFER.

9h30 - Palestra técnica da EPL, com Bernardo Figueiredo, presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL).

10h45 - Painel - "Inovações para o transporte de passageiros". Moderado pelo jornalista Gerson Toller.

11h45 - Painel - "Destravando o gargalo logístico por meio de material rodante inovador" moderado pelo jornalista Gerson Toller.
Quando e onde :

 Dia 18 de outubro de 2012 Onde - Unicamp – Faculdade de Engenharia Mecânica - 2º Piso - Bloco ID2 - rua Mendeleyev, 200 - Cidade Universitária "Zeferino Vaz" - Distrito de Barão Geraldo - Campinas SP
SAE BRASIL

Congresso SAE BRASIL 2012 


SAE BRASIL 20 anos 

sábado, 13 de outubro de 2012

CREA Minas 1º painel da Indústria Metroferroviária

1º Painel da Indústria Metroferroviária no Brasil acontece em Belo Horizonte na próxima terça, 16 de outubro de 2012

 

 em 16 de outubro de 2012,

O Crea-Minas promove, o 1º Painel da Indústria Metroferroviária no Brasil.

O evento recebe o apoio institucional da ABIFER.

A intenção é apresentar o estado da arte do desenvolvimento tecnológico da engenharia metroferroviária, em função dos novos investimentos e programas que contam com mais de 130 bilhões de reais para dinamizar o transporte de carga e passageiros no país.

Inscrições:

Para fazer sua inscrição, envie seu nome, cargo, empresa e telefone de contato para


Auditório Belo Horizonte do Crea- Minas

 Avenida Álvares Cabral, 1600

Santo Agostinho - Belo Horizonte - MG

PROGRAMAÇÃO

14h - Abertura

14h10 - Pronunciamentos


• Engº Civil Jobson Andrade
Presidente do Crea-Minas

Dra. Dorothea Werneck
Secretária de Estado do Desenvolvimento de Minas Gerais

• Dr. Bernardo Figueiredo
Presidente da Empresa de Planejamento e Logística - EPL

• Dr. Vicente Abate
Presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária - ABIFER

• Dr. Rodrigo Vilaça
Presidente da Associação Nacional Transportadores Ferroviários - ANTF

• Prof. Oswaldo Dehon R. Reis
Coordenador das Câmaras Temáticas - Crea-Minas


14h30- Palestra Magna - A Criação da EPL e o Planejamento Ferroviário no Brasil
• EPL - Dr. Bernardo Figueiredo

15h - Homenagem aos 50 anos da presença da GE Transportation no Brasil
Presença do Dr. Guilherme Mello - Presidente da GE Transportation para
América Latina

15h20 - Assinatura do Protocolo de Intenções do Crea-Minas com as Instituições e membros da Câmara Temática de Mobilidade


15h40 - Painel - Indústria Metroferroviária em Minas Gerais

Dr. Camilo Fraga Reis - Chair

• Usiminas Mecânica - Usimec - Dr. Jairo Andrade Cruz Junior
• Progress Rail - Dr. Alexandre Barros
• GE Transportation - Dr. Nelyo Oliveira

17h30 - Intervalo


17h45 - Painel - Operação Carga / Passageiros no Brasil

Dr. Rodrigo Vilaça (ANTF/ANP Trilhos) - Chair

• CBTU
• Metrô SP
• Super Via
• MRS
• VLI / VALE


19h15 - Painel - Indústria Metroferroviária no Brasil

Dr. Vicente Abate (ABIFER) - Chair

• Alstom - Dr. Luis Ferrari
• Bom Sinal - Dr. Francisco Sávio
• Voith - Dr. Lamarck Sobreira
• Bombardier
• Amsted Maxion
EXPOSIÇÃO DE EMPRESAS DA INDÚSTRIA METROFERROVIÁRIA

14 às 22h - Salão Nobre (1º Subsolo)

Expositores:
• GE Transportation
• Bombardier
• Alstom
• Voith
• Bom Sinal
• Usimec
• CBTU
• Agencia de Desenvolvimento da Região Metropolitana de BH
• Queiroz Galvão
• Amsted Maxion


20h30 - Congraçamento


Fonte: ABIFER / Crea-Minas


Pres: Jobson Andrade, o CREA MINAS e o desenvolvimento econômico




Pres. Jobson Andrade -  O Crea Minas e as Universidades 

 

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Projeto propõe Ferroanel com trecho na RMC





ABIFER na mídia : Projeto propõe Ferroanel com trecho na RMC


Estatal confirma estudos para inclusão de 190km entre a cidade e Santos

O trecho ferroviário de 190 quilômetros entre Campinas e Santos, conhecido como Corredor de Exportação, deverá integrar o Ferroanel de São Paulo, projeto que irá interligar as ferrovias que já existem e retirar os trens de carga de dentro de São Paulo. A inclusão do novo trecho visa formar um contorno na região da Capital e garantir, a quem assumir o Ferroanel, o controle completo dos acessos ao Porto de Santos.

A Empresa de Planejamento e Logística (EPL), estatal recém-criada para promover o desenvolvimento do sistema de transporte no País, confirmou a existência dos estudos e o início de negociações com a ALL Logística, para a devolução, ao governo federal, do trecho sob sua concessão. Procurada ontem, a ALL informou que não iria comentar o assunto.

As cargas que se dirigem ao Porto de Santos têm que passar dentro de São Paulo a velocidades baixas, porque compartilham os trilhos com os subúrbios da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), o que torna o frete mais caro. O Ferroanel foi pensado para ter uma alternativa ao transporte de carga. O projeto original prevê a implantação de três trechos de aproximadamente 200 quilômetros de extensão. Só a construção deve superar R$ 2 bilhões, que não incluem as compensações ambientais e sociais e sociais.

O governo federal planeja começar a implantação do primeiro trecho no primeiro semestre de 2013, mas se o trecho de Campinas a Santos for incluído, os estudos e os editais deverão levar a obra para mais distante.

No primeiro trecho, o Norte, a ferrovia entre Jundiaí e Manoel Feio, em Itaquaquecetuba, será construída ao lado do trecho Norte do Rodoanel, sendo alguns trechos em túnel, sob alegação de que isso tende a diminuir custos e impacto ambiental. Esse trecho permitirá a movimentação de cargas, principalmente contêineres, da região de Campinas e Grande São Paulo para o Porto de Santos via cremalheira, além da transposição de comboios entre o Interior e o Vale do Paraíba.

O outro trecho, o Sul, vai margear o Rodoanel Sul, entre a Estação Evangelista de Souza e a cidade de Ribeirão Pires e articulará os movimentos das ferrovias que chegam à região metropolitana, permitindo a transposição da cidade tanto para os deslocamentos Leste-Oeste como aqueles que se estabelecem a partir dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e região do Vale do Paraíba, em São Paulo, para os estados da região Sul e vice-versa.

Para implantar o Ferroanel, o governo precisa do trecho do Porto de Santos a Itaquaquecetuba, controlado pela MRS Logística, que também administra o sistema de cremalheira para descer a serra até Santos. Sócios da MRS Logística não apoiam a antecipação da entrega da concessão (que termina em 2026) e querem indenização.

O novo modelo de concessão de ferrovias mudou regras, especialmente em relação ao direito de passagem — a operação em que uma concessionária, mediante remuneração ou compensação financeira, permite à outra trafegar na sua malha para dar prosseguimento, complementar ou encerrar uma prestação de serviço público de transporte ferroviário, utilizando a sua via permanente e o seu sistema de licenciamento de trens. O novo modelo acabou com a exclusividade no uso das linhas e quem ganhar a concessão do trecho vai construir a linha e vender ao governo toda a capacidade de passagem dos trens. 

No ano passado, o transporte ferroviário foi responsável por apenas 18% das cargas movimentadas em Santos. A maioria esmagadora das mercadorias que entram e saem do maior porto do País é transportada por meio de caminhão.

Proposta tem apoio da indústria ferroviária

A anexação do trecho ferroviário de Campinas a Santos ao Ferroanel de São Paulo trará desenvolvimento à indústria ferroviária, na medida em que a eficiência do sistema irá aumentar o volume de carga transportada, disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária, Vicente Abate. Para ele, no entanto, o assunto é bastante complexo porque vai exigir negociações com as concessionárias que atualmente detêm o direito sobre vários trechos e que têm mais 15 de concessão pela frente. “Certamente elas terão que ser ressarcidas”, afirmou.

Abate afirmou que o Ferroanel dará condições também para que o transporte metropolitano da CPTM cresça — hoje ele é compartilhado com a carga — e a indústria irá se beneficiar tanto na construção da ferrovia quando no fornecimento dos equipamentos necessários ao transporte de cargas.

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Campinas, José Afonso Bittencourt, disse que a inclusão de Campinas no projeto do Ferroanel de São Paulo vai agregar valor para quem vencer a concessão, mas também impulsionar o setor de logística, que já é bastante forte na região de Campinas. “Na verdade é o resgate de um projeto antigo, que previa inclusive a conexão com outros modais, como o hidroviário”, disse.

SAIBA MAIS 

A malha férrea a ser incluída no Ferroanel de São Paulo foi construída pela Ferrovias Paulistas S.A. (Fepasa), em 1979, como um trecho de exportação entre Uberaba (MG) e Santos e, em 2002, passou para a concessão da América Latina Logística (ALL). Ela liga Campinas e Jundiaí ao Porto de Santos.

Matéria publicada em 03/10/2012

Fonte: Correio Popular


 

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Prefeitura de Campinas manda ALL parar corte de árvores


Prefeitura manda ALL interromper corte de árvores no Jardim Florence

Empresa iniciou obras de ampliação da malha ferroviária em Campinas.


Moradores se manifestaram contra possíveis danos ao bosque do bairro.

Do G1 Campinas e Região
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Trem passa pelo Jardim Florence I, em Campinas (Foto: Luciano Calafiori/G1 Campinas)
(Foto: Luciano Calafiori/G1 Campinas)


Trem passa pelo Jardim Florence I, em Campinas

A empresa América Latina Logística (ALL) recebeu nesta quarta-feira (4) uma notificação feita pela Prefeitura de Campinas (SP) para que suspenda o corte de árvores nos locais compreendidos pela expansão da linha férrea no município, sobretudo no Jardim Florence. Neste bairro, moradores já se manifestaram contra a possível derrubada de um bosque comunitário, com cerca de 800 metros quadrados.

O documento solicita que a empresa apresente um projeto à administração sobre a supressão e recomposição das áreas naturais, além de um laudo sobre características da vegetação, como espécie nativa ou exótica. Segundo o chefe do Setor de Fiscalização Ambiental (SFA), Flávio Gordon, a permissão para as obras foi concedida pelo Instituto de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), sem que a administração municipal fosse consultada.

"Vamos enviar um ofício ao órgão sobre a notificação. Precisamos saber onde estão as árvores e como ocorrerá a compensação. Em Campinas, o cálculo da empresa aponta que são 100 árvores, mas no total chega a 3,6 mil em 11 cidades do estado", aponta Gordon. A obra da ALL prevê duplicação da ferrovia entre Itirapina-Boa Vista (Campinas) e Santos (SP), com extensão de 383 quilômetros. O investimento é de R$ 535 milhões.

Na cidade, a Lei Orgânica estabelece que, para cada árvore nativa extraída, outras 25 devem ser plantadas. No caso de espécie exótica suprimida, de 20 a 30 mudas devem ser cultivadas. "A ALL também precisa renovar a Certidão de Uso e Ocupação do Solo", diz Gordon sobre o documento emitido pela administração municipal em 2010.

Árvores que os moradores do Jardim Florence I, em Campinas, querem preservar (Foto: Luciano Calafiori/G1 Campinas)
(Foto: Luciano Calafiori / G1 Campinas)



Moradores se manifestam em bosque no Jardim Florence 

Multa e suspensão

O chefe da SFA explica que, caso uma árvore seja derrubada até a regularização solicitada pela prefeitura, a empresa será multada. Ele não soube informar o valor mínimo da sanção e disse que não há prazo estipulado. "Depende da empresa. Quanto mais depressa, as obras serão liberadas. Ela pode continuar os trabalhos que não provoquem supressão das árvores", explica Gordon.

Em nota, a ALL diz que suspendeu o corte de árvores no Jardim Florence, até que o "município entre em acordo com os moradores do bairro". Além disso, adianta que fará a compensação ambiental em locais aprovados pelo Ibama e que as obras de duplicação da linha férrea não serão paralisadas.

A assessoria do Ibama informou, às 17h50, que as licenças para as obras de duplicação na faixa de dominío da ferrovia, entre Campinas e Embu-Guaçu (SP), foram emitidas com documentos de anuência das prefeituras.

Para ler mais notícias do G1 Campinas e Região, clique em

 g1.globo.com/campinas.


Primeiras árvores que foram cortadas no Jardim Florence I, em Campinas (Foto: Luciano Calafiori/G1 Campinas)Árvores cortadas no bairro para ampliação da malha ferroviária, em Campinas (Foto: Luciano Calafiori / G1)

04/10/2012 17h04 - Atualizado em 04/10/2012 17h58

Empresa iniciou obras de ampliação da malha ferroviária em Campinas



Moradores se manifestaram contra possíveis danos ao bosque do bairro.



04/10/2012 - G1 Campinas e Região

A empresa América Latina Logística (ALL) recebeu nesta quarta-feira (4) uma notificação feita pela Prefeitura de Campinas (SP) para que suspenda o corte de árvores nos locais compreendidos pela expansão da linha férrea no município, sobretudo no Jardim Florence. Neste bairro, moradores já se manifestaram contra a possível derrubada de um bosque comunitário, com cerca de 800 metros quadrados.

O documento solicita que a empresa apresente um projeto à administração sobre a supressão e recomposição das áreas naturais, além de um laudo sobre características da vegetação, como espécie nativa ou exótica. Segundo o chefe do Setor de Fiscalização Ambiental (SFA), Flávio Gordon, a permissão para as obras foi concedida pelo Instituto de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), sem que a administração municipal fosse consultada.

Vamos enviar um ofício ao órgão sobre a notificação. Precisamos saber onde estão as árvores e como ocorrerá a compensação. Em Campinas, o cálculo da empresa aponta que são 100 árvores, mas no total chega a 3,6 mil em 11 cidades do estado, aponta Gordon. A obra da ALL prevê duplicação da ferrovia entre Itirapina-Boa Vista (Campinas) e Santos (SP), com extensão de 383 quilômetros. O investimento é de R$ 535 milhões.

Na cidade, a Lei Orgânica estabelece que, para cada árvore nativa extraída, outras 25 devem ser plantadas. No caso de espécie exótica suprimida, de 20 a 30 mudas devem ser cultivadas. A ALL também precisa renovar a Certidão de Uso e Ocupação do Solo, diz Gordon sobre o documento emitido pela administração municipal em 2010.

Multa e suspensão

O chefe da SFA explica que, caso uma árvore seja derrubada até a regularização solicitada pela prefeitura, a empresa será multada. Ele não soube informar o valor mínimo da sanção e disse que não há prazo estipulado. Depende da empresa. Quanto mais depressa, as obras serão liberadas. Ela pode continuar os trabalhos que não provoquem supressão das árvores, explica Gordon.

Em nota, a ALL diz que suspendeu o corte de árvores no Jardim Florence, até que o município entre em acordo com os moradores do bairro. Além disso, adianta que fará a compensação ambiental em locais aprovados pelo Ibama e que as obras de duplicação da linha férrea não serão paralisadas.
A assessoria do Ibama informou, às 17h50, que as licenças para as obras de duplicação na faixa de dominío da ferrovia, entre Campinas e Embu-Guaçu (SP), foram emitidas com documentos de anuência das prefeituras.

RF – Confira na íntegra a nota enviada pela ALL para a Revista Ferroviária:

“A ALL – América Latina Logística informa que as obras de duplicação da ferrovia estão devidamente autorizadas pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), de acordo com as normas da Licença Ambiental de Instalação LI 862/2012 emitida pelo órgão em 19/04/2012, e seguem os mais rigorosos padrões ambientais. A supressão da vegetação que se encontra na faixa de domínio da ferrovia e que impede a obra de duplicação da linha férrea na região do Parque Florence, em Campinas, está prevista no projeto, devidamente autorizada (Autorização de Supressão de Vegetação - ASB no 657/2012).

A compensação da vegetação é feita com o plantio de novas árvores em áreas de relevante importância ecológica, como a reserva do Morro Grande, Áreas de Preservação Permanente (APPs) e o Parque Estadual da Serra do Mar, o que já vem acontecendo desde início do projeto. 

A concessionária também vem realizando há mais de um mês ações de comunicação social com as comunidades, onde são apresentados aos líderes comunitários os documentos de liberação do Ibama e os projetos de recomposição florestal nas regiões da obra de duplicação.
Projeto Total

A obra compõe o projeto de duplicação da ferrovia entre Itirapina/Boa Vista (Campinas) e Santos, com extensão de 383 km, parceria da ALL com a Rumo Logística. Com investimentos totais de R$ 535 milhões, o projeto irá ampliar em duas vezes a capacidade total da malha, tornando a exportação brasileira mais competitiva, além de retirar da rodovia 1.500 caminhões/dia. Ao todo, a obra deve gerar 2,8 mil empregos. 

Além de ampliar a capacidade do trecho, a duplicação deve reduzir em 25% o tempo de trânsito e o mais importante para a população: trazer a quase zero o número de cruzamentos de trens, que antes impactavam na circulação de veículos e pedestres. Isso ocorre devido à eliminação de pátios de cruzamento, tornando a logística mais eficiente, com menos impacto nos cruzamentos e menor tempo de parada de trens.
Prefeitura

A ALL- América Latina Logística informa que a pedido da Prefeitura de Campinas suspendeu a supressão da vegetação no Jardim Florence até que o município entre em acordo com os moradores do bairro. A empresa irá realizar a compensação ambiental no bairro Florence, em locais que ainda serão avaliados e aprovados pelo IBAMA. 

A concessionária esclarece que não será necessária a emissão de uma nova licença ambiental e que as obras de duplicação da linha férrea não serão paralisadas.”


04/10/2012 17h04 - Atualizado em 04/10/2012 17h58

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Licitação para transposição de linha férrea é autorizada em Itapetininga



Engenheiro do DNIT fez avaliação dos trilhos que cortam as ruas da cidade. Licitação terá início na segunda quinzena de outubro. 


O processo de licitação para a transposição da linha férrea em Itpetininga (SP) deverá ter início na segunda quinzena de outubro. A informação é do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Nesta quarta-feira (26), o superintendente do departamento, o engenheiro Ricardo Madalena, esteve na cidade e fez uma avaliação da malha ferroviária que corta as ruas do município.

Além do início do processo de licitação, o DNIT ainda irá coordenar o Estudo de Viabilidade Técnica Ambiental (EVTA), para o projeto de transposição da linha férrea da zona urbana.

De acordo com a prefeitura, a transposição deverá trazer benefícios, como a eliminação da incidência de acidentes nos cruzamentos entre a linha férrea e ruas da cidade. Para o espaço que ficará vago após a retirada dos trilhos existem três projetos possíveis em estudo: transformar o espaço em uma avenida, em uma ciclovia, ou aproveitar para instalar um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), parecido com um metrô, porém, com poucos vagões.

Segundo o secretário de Planejamento da cidade, Messias Ferreira Lúcio, um estudo preliminar já foi concluído, e será com base neste estudo, que o DNIT fará o projeto para a retirada dos trilhos. Neste estudo preliminar, a nova linha férrea terá cerca de 18 km e passará a cinco quilômetros ao norte do atual traçado, cortando os trechos sinuosos e ligando diretamente o bairro Mato Seco ao bairro do Curuçá, formando quase uma reta, o que seria propício para implantação de um trem de alta velocidade.

O novo traçado também deverá integrar o projeto de cerca de mil quilômetros que ligará Belo Horizonte (MG) até Curitiba (PR) e será usado para transportes de cargas e passageiros.

Foto: Caio Silveira / G1

Fonte: Do G1 Itapetininga e Região

Publicado: quinta-feira, 27 de setembro de 2012 

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Conselho da RMC coloca em debate o acesso à informação


Milton Paes
CAMPINAS -

A 129ª reunião dos membros do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas (RMC) foi promovida, na última segunda-feira, no Teatro Municipal "Dona Zenaide", em Jaguariúna.

Durante o encontro foi realizada uma explanação do livro: "Finanças Públicas e Capacidade de Investimento da Macrometrópole Paulista", da coordenadora da Unidade de Estudos Econômicos e Monitoração das Dinâmicas Urbanas e Regionais, Maria Lúcia Camargo.

"Parece que o trabalho foi uma ideia desenvolvida para a RMC. O objetivo era estudar qual a capacidade de investimentos das regiões metropolitanas e das Aglomerações Urbanas (AU) em um período determinado", disse Maria Lúcia.

De acordo com a publicação, foi desenvolvida uma metodologia de cálculo de um indicador geral, gerando um ranking que define a capacidade de investimento dos municípios da Macrometrópole Paulista (MMP), seja em recursos próprios ou recursos de terceiros.

A publicação do livro é resultado de uma parceria entre a Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano S.A. (Emplasa) e a Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (Fipe ).

O objetivo foi identificar a capacidade de investimentos das regiões metropolitanas e aglomerações urbanas do Estado de São Paulo e, teve como base uma ampla análise de dados das receitas, despesas e endividamento municipais.

Durante a reunião Carmen Tavares de Araújo, também foi aprovada como membro Conselheiro de Orientação do Fundo de Desenvolvimento Metropolitano de Campinas (Fundocamp), em substituição a Luís Henrique Silva Scheneider.

Na ocasião, foi apresentada, ainda, a priorização da atualização do Plano Metropolitano de Resíduos Sólidos. O prefeito de Artur Nogueira, Marcelo Capelini, sugeriu a formação de um grupo de trabalho para a elaboração de uma proposta relativa à Lei de Acesso a Informação.

"Este é um assunto que todos os municípios estão se inteirando e a proposta é para tentar fazer esse tema tão importante ser tratado e cumprido conforme a legislação", explicou Capelini.

"Este é um tema muito importante e temos que estar atentos", completou o prefeito de Pedreira e presidente do Conselho, Hamilton Bernardes.

DCI

25/07/2012 - 00h00 | Atualizado em 25/07/2012 - 00h04

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Crise leva indústria de Campinas à UTI


Milton Paes
CAMPINAS - "Estão tratando doente terminal com Band Aid e Melhoral. Ninguém vai fundo na crise de internar esse doente numa UTI e fazer o que tem que ser feito". Essa foi a expressão utilizada pelo diretor titular do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) regional Campinas, José Nunes Filho, para resumir a situação caótica enfrentada pela indústria na região de Campinas e no Brasil.

A sondagem industrial realizada pelo Centro de Pesquisas Econômicas da Faculdades de Campinas (Facamp) em parceria com o Ciesp Campinas referente ao mês de julho reflete a situação enfrentada pela indústria da Região Metropolitana de Campinas.

De acordo com o levantamento, os dados conseguiram delinear um balanço da atividade industrial no primeiro semestre de 2012. A pesquisa identificou através dos indicadores que a indústria regional passa por um momento difícil somente comparável com o primeiro semestre de 2009, momento em que a economia brasileira sentia os impactos da crise econômica deflagrada no final de 2008. No caso de indicadores como o de vendas e de lucratividade trazem números ainda mais negativos em relação ao primeiro semestre de 2009.

A queda da utilização da capacidade instalada de produção, redução na disposição para novos investimentos e o crescimento exponencial da inadimplência refletem que a retomada da produção industrial poderá demorar muito mais do que era esperado.

Os dados referentes à capacidade instalada de produção mostram que no primeiro semestre dos anos de 2010 e 2011 havia aproximadamente 60% das empresas operando com mais de 50% da capacidade instalada de produção. No primeiro semestre de 2012 este índice caiu para 45%. Considerando apenas o percentual de empresas que operavam utilizando mais de 80% da capacidade instalada de produção no primeiro semestre de 2011 que era de 29,1%, no primeiro semestre deste ano este percentual caiu para 14,7%. Os índices mostram as incertezas em relação ao futuro da economia brasileira e impactam diretamente na disposição para novos investimentos. O primeiro semestre de 2012 só não é pior em relação ao mesmo período de 2009 porque naquele ano só 3,6% apontaram aumento dos investimentos planejados. Houve um crescimento de 10 pontos percentuais no número de empresas que não irá investir na base de comparação entre os primeiros semestres de 2011 e 2012. No primeiro semestre de 2011 o índice de empresas que não iriam investir era de 25,6% e no mesmo período o percentual foi a 34,8%.

As vendas apresentaram no primeiro semestre de 2012 um desempenho pior em relação ao mesmo período dos anos anteriores. Para 44% dos entrevistados houve redução nas vendas, número 9,8 pontos percentuais maior ao verificado no mesmo período de 2011. No primeiro semestre de 2012 foi registrado o pior resultado em termos de aumento de vendas dos últimos quatro anos: 19,9%, 8 pontos percentuais inferior a 2009.

A lucratividade industrial também apresentou o pior desempenho para o primeiro semestre dos últimos quatro anos. A sondagem apontou que 46,3% dos respondentes acusaram redução nas taxas de lucratividade. No primeiro semestre de 2011, esse percentual era de 36,5%. A inadimplência teve aumento expressivo referente ao primeiro semestre dos últimos três anos. No primeiro semestre de 2010 era de 12,8% dos que responderam aumento da inadimplência. No primeiro semestre de 2011, esse percentual subiu para 31,9% e no primeiro semestre deste ano passou para 37,9%.

Para o diretor titular do Ciesp Campinas, José Nunes Filho, em função desse quadro que está sendo registrado na região não há perspectiva de sair dessa estagnação. "A estagnação deve continuar porque as medidas que o governo tomou foram paliativas. Não adianta liberar mais crédito ou baixar taxa de juros agora, porque é muito tarde. O povo está endividado, tanto que o nível de inadimplência subiu muito e com as medidas que foram tomadas em 2008 de liberação de crédito e de desonerações parciais e pontuais, o povo comprou automóveis em 60 meses e está pagando ainda, então não pode comprar outro. Quem comprou a linha branca como fogão e geladeira não vai comprar de novo. O que precisa é aumentar a competitividade da indústria e isso é uma coisa de base. Isso deveria estar sendo feito nos últimos 10 ou 12 anos e não foi feito", critica.

DCI


25/07/2012 - 00h00 | Atualizado em 25/07/2012 - 00h09 

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Campinas - Museu Brasileiro do Transporte



Museu Brasileiro do Transporte começa a funcionar em 2014 em Campinas

SÃO PAULO - No segundo semestre de 2014, a região de Campinas vai ganhar o Museu Brasileiro dos Transportes, um obra de fôlego...

 

LEDA ROSA
 
 
 
 

Museu do Transporte
 Foto : Divulgação

Investimento orçado em R$ 90 milhões, projeto usará a interatividade como ferramenta

SÃO PAULO - No segundo semestre de 2014, a região de Campinas vai ganhar o Museu Brasileiro dos Transportes, um obra de fôlego, cujo orçamento vai consumir R$ 90 milhões, em um arrojado projeto arquitetônico e museológico. O objetivo da coordenadoria do projeto - assinada pela Fundação Memória do Transporte (FuMtran), ligada ao sistema da Confederação Nacional do Transporte (CNT) – é “valorizar os transportes e todos aqueles que se dedicam ao setor”, explica a diretora da entidade Elza Lúcia Panzan.

Localizada no km 143, às margens da Rodovia Dom Pedro I, a obra tem tudo para chamar a atenção dos motoristas que trafegarem pela rodovia, pela grandiosidade e design arrojado: duas grandes caixas de vidro e salas de exposição que lembram contêineres coloridos. A obra ocupa 19.200m2 e é de autoria do escritório de arquitetura Athié/Wohnrath.  As obras devem ter início em meados de 2013 e estão previstas para se estenderem por 18 meses.  

No local, o público terá o museu, com 7.800 m2, o centro de convenções com 2 mil m2 e espaços de acesso, restaurante, biblioteca e estacionamento, que totalizam 9.800 m2, além de jardins e terraços. 

Logo no hall de entrada, o visitante vai se sentir como em um grande terminal de passageiros, que terá imenso painel, como nos aeroportos, com informações sobre programação e eventos. “Queríamos que o público se sentisse acolhido desde a chegada, indo de um modal a outro, conhecendo um pouco de tudo, explorando o movimento do mundo do transporte, diz Sérgio Athié.  Com foco no estudante, o museu usará variados recursos tecnológicos, com ênfase na interatividade presente tanto no acervo fixo quanto nas exposições temporárias. Em todas a ênfase será a importância dos transportes e as articulações entre os vários modais. 

“O visitante pode se surpreender ao entender como é a dinâmica de um produto que ele usa no cotidiano, desde sua fabricação, muitas vezes do outro lado do mundo, até que chegue às suas mãos”, diz Fábio Magalhães, conceituado museólogo e ex-curador do Museu de Arte de São Paulo (Masp).“ Além dos meios, o Museu sublinhará a relevância dos trabalhadores do setor, muitas vezes subestimados. “Teremos depoimentos, como os dos caminhoneiros que passaram duas semanas na Belém-Brasília, presos pela lama, correndo até risco de vida.”

“Nosso maior desafio no momento é o financiamento e o patrocínio”, diz Elza, que recorrerá ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para implementar a segunda fase do projeto, cujos seis primeiros meses de obra estão orçados em R$ 17 milhões. “Quem sabe o BNDES nos empresta a fundo perdido”, diz a executiva, que contou com R$ 1,5 milhão da CNT na fase inicial do projeto, durante o qual foram formatados os projetos  arquitetônico e museológico. “Contamos também com o apoio e doações de todo o setor para que possamos nos manter depois da obra concluída”, diz Elza. 

No quesito sustentabilidade, o Centro de Convenções terá importância central, como espaço aberto para uso de entidades privadas e públicas em eventos cursos, seminários, palestras e outros eventos ligados ao setor de transporte ou de outras áreas.



Comentário do Blog :  “A ideia do museu se deu em 1996, com meu marido, Adalberto Panzan, e hoje me sinto feliz por poder realizar esse grande sonho”, revela Elza.  Adalberto Panzan, foi um grande e atuante lider do sistema de transporte rodoviario de carga e dono da transportadora Americana e um dos criador do SEST SENAT.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Grupo se une para preservar 'bosque comunitário' às margens de ferrovia

http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2012/09/grupo-se-une-para-preservar-bosque-comunitario-margens-de-ferrovia.html



Empresa quer cortar árvores no Jardim Florence I, em Campinas.


Árvores já começaram a ser derrubadas para ampliação da malha.

Do G1 Campinas e Região
 
Árvores que os moradores do Jardim Florence I, em Campinas, querem preservar (Foto: Luciano Calafiori/G1 Campinas)
(Foto: Luciano Calafiori/G1 Campinas)


Árvores que os moradores do Jardim Florence I querem preservar 


Moradores do Jardim Florence I, em Campinas (SP), querem impedir que a América Latina Logística (ALL)  derrube um pequeno bosque com cerca de 800 metros quadrados que abriga árvores de várias espécies, como ipês e primaveras.
A área, cuidada pelos vizinhos, serve de sombra e local de descanso para quem reside no bairro. O cinturão verde foi plantado a partir de 1994 pela aposentada Rute Keller.
Trem passa pelo Jardim Florence I, em Campinas (Foto: Luciano Calafiori/G1 Campinas)
(Foto: Luciano Calafiori/G1 Campinas)   

Trem passa pelo Jardim Florence I

De acordo com os moradores, as árvores começaram a ser derrubadas na tarde de segunda-feira (17). “Fomos pegos de surpresa. Vi de casa com o meu binóculo. Desci lá e pedi para eles pararem de cortar. Eles pararam”, conta Rute.
Ainda segundo os moradores, a mata será derrubada para que a ALL amplie o ramal ferroviário. Novos trilhos passarão onde está o pequeno bosque.
Na manhã desta terça-feira (18), um grupo de moradores liderados pelo casal Rute e Kurt Keller fez plantão no local, mas apenas um funcionário da concessionária apareceu e o desmate não aconteceu no período da manhã. “Derrubaram o meu pé de caju”, disse um morador que passou pelo local, mas não se identificou. Os moradores ainda questionam a documentação apresentada pela empresa.
A América Latina Logística (ALL), responsável pela malha ferroviária, informou em nota à imprensa que tem autorização para obras de ampliação. A empresa alega ainda que segue padrões ambientais.Leia nota abaixo:
Informe à Imprensa
A ALL – América Latina Logística esclarece que as obras de duplicação da ferrovia estão devidamente autorizadas pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), de acordo com as normas da Licença Ambiental de Instalação LI 862/2012 emitida pelo órgão em 19/04/2012, e seguem os mais rigorosos padrões ambientais. A supressão da vegetação que se encontra na faixa de domínio da ferrovia e que impede a obra de duplicação da linha férrea na região do Parque Florence, em Campinas, está prevista no projeto, devidamente autorizada (Autorização de Supressão de Vegetação - ASB no 657/2012).
A compensação da vegetação é feita com o plantio de novas árvores em áreas de relevante importância ecológica, como a reserva do Morro Grande, Áreas de Preservação Permanente (APPs) e o Parque Estadual da Serra do Mar, o que já vem acontecendo desde início do projeto.
A concessionária também vem realizando há mais de um mês ações de comunicação social com as comunidades, onde são apresentados aos líderes comunitários os documentos de liberação do Ibama e os projetos de recomposição florestal nas regiões da obra de duplicação.
Passagem de nível: para a execução da obra, a ALL realizou ainda um estudo de tráfego ao longo de toda a ferrovia. O projeto prevê que sejam executadas algumas obras de desnível (viadutos e trincheiras) em substituição a passagens de nível existentes. Cabe ressaltar, entretanto, que a passagem de nível mencionada pelos moradores é clandestina e encontra-se a menos de 500 metros de um viaduto, que pode ser utilizado para a passagem de veículos e pedestres, não estando, portanto, incluída no projeto. Pelo regulamento da operação ferroviária e de acordo com normas da ABNT, não é autorizada a abertura de passagens com distância mínima inferior a 1 quilômetro uma da outra. 

Projeto Total
 
A obra compõe o projeto de duplicação da ferrovia entre Itirapina/Boa Vista (Campinas) e Santos, com extensão de 383 km, parceria da ALL com a Rumo Logística. Com investimentos totais de R$ 535 milhões, o projeto irá ampliar em duas vezes a capacidade total da malha, tornando a exportação brasileira mais competitiva, além de retirar da rodovia 1.500 caminhões/dia. Ao todo, a obra deve gerar 2,8 mil empregos.

Além de ampliar a capacidade do trecho, a duplicação deve reduzir em 25% o tempo de trânsito e o mais importante para a população: trazer a quase zero o número de cruzamentos de trens, que antes impactavam na circulação de veículos e pedestres. Isso ocorre devido à eliminação de pátios de cruzamento, tornando a logística mais eficiente, com menos impacto nos cruzamentos e menor tempo de parada de trens.




18/09/2012 13h20 - Atualizado em 18/09/2012 15h32

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Hortolândia investe em qualificação para expandir polo ferroviário


Número de empregados triplica em 3 anos e chega a 4 mil funcionários.


Governo federal vai destinar R$ 91 bilhões para novas construções.

 

 

Hortolândia, SP investe em qualificação profissional para expandir polo ferroviário (Foto: Reprodução / EPTV)
Operador trabalha em indústria do polo ferroviário de Hortolândia, SP   (Foto: Reprodução / EP


Do G1 Campinas e Região

Os empresários de Hortolândia (SP) querem ampliar os investimentos em capacitação profissional, após o governo federal lançar um pacote de concessões de ferrovias e rodovias que prevê aplicação de R$ 133 bilhões.

O polo ferroviário do município é formado por dez empresas, que empregam cerca de quatro mil funcionários - quantidade três vezes maior do que foi registrado em 2009. Segundo o presidente da  Associação Brasileira da Indústria Ferroviária, Vicente Abate, o aumento na quantidade de empregos deve ocorrer no prazo de dois anos.

Metade dos profissionais do segmento estão na maior fábrica de vagões de carga do país, que recruta todo ano 20 jovens de famílias de baixa renda. Durante 12 meses, eles recebem treinamento para exercer as funções de operação de produção e montagem metalúrgica.

"Agora quero fazer faculdade e tentar crescer dentro da empresa", diz o funcionário Hiago Viana. Ele trocou um trabalho informal por um emprego com registro na carteira profissional e salário de R$ 1,3 mil.

O "Plano Nacional de Logística: Rodovias e Ferrovias" vai destinar R$ 91 bilhões para a construção de 10 mil quilômetros de ferrovias, enquanto que os R$ 42 bilhões restantes serão aplicados na melhoria, duplicação e manutenção de 7,5 mil quilômetros de rodovias.

Para ler mais notícias do G1 Campinas e Região, clique em g1.globo.com/campinas.



12/09/2012 - G1 Campinas e Região

12/09/2012 20h38 - Atualizado em 12/09/2012 20h51

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Piracicaba inaugura Parque Tecnológico


PIRACICABA - O desenvolvimento tecnológico de Piracicaba e da região ganhou um reforço importante, ontem, com a inauguração do núcleo central do Parque Tecnológico Engenheiro Emílio Bruno Germek. A unidade foi inaugurada pelo governador Geraldo Alckmin e pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia em exercício, Luiz Carlos Quadrelli.

Localizado numa área de mais de 680 mil metros quadrados, o parque reúne importantes instituições com pesquisas na área de biocombustíveis.

"Piracicaba é hoje a capital do desenvolvimento, do emprego e das oportunidades, unindo teoria e prática, e este parque representa isso, pois teremos aqui a USP, o Instituto Federal, a nossa Fatec, o setor privado, institutos de pesquisa e empresas", destacou o governador.

O empreendimento faz parte do Sistema Paulista de Parques Tecnológicos (SPTec), que inaugurou em junho o Parque de Sorocaba. A unidade de Piracicaba fica na Rodovia SP-147 (Piracicaba-Limeira), dividido entre o centro administrativo, a incubadora de empresas de base tecnológica, laboratórios, auditório e hall de eventos.

O investimento do estado até o momento supera R$ 12 milhões em obras, equipamentos e na construção da Faculdade de Tecnologia (Fatec).

Pesquisa

Na mesma ocasião, o governador Geraldo Alckmin assinou uma autorização de repasse no valor de R$ 5 milhões para um projeto do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) sobre gaseificação, que será realizado em Piracicaba.

A pesquisa consiste em transformar a biomassa da cana em gás, e a partir desse gás remontar as moléculas e transformar em produto, como, por exemplo o biocombustível.

O parque tecnológico de Piracicaba tem suas atividades voltadas para o setor de Biocombustíveis, Tecnologias de Conversão de Biomassa e Resíduos Agroindustriais, além de Tecnologias Ambientais.

Instituições renomadas terão seus laboratórios integrados à iniciativa, entre elas: a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP).


DCI
22/08/2012 - 00h00 | Atualizado em 22/08/2012 - 00h16 0

Município de Campinas recebe empresa de telecomunicações

Milton Paes
CAMPINAS - A empresa de telecomunicações Quattro Telecom anunciou, na semana passada, que está se instalando em Campinas para operar na cidade a Quattro Telecom de conexão à Internet. A previsão é de que a instituição comece a oferecer o serviço, experimentalmente, no final deste ano e, a partir de 2013 forneça de forma comercial.

Na última sexta-feira, o presidente da empresa, Fares Nassar, visitou o secretário-chefe de Gabinete da Prefeitura de Campinas, Alcides Mamizuka, para falar sobre o projeto. A tecnologia 4G é a mais moderna forma de transmissão de dados banda larga.

A intenção da Quattro Telecom, segundo o presidente, não é competir com as operadoras de Internet móvel ou banda larga que já estão na cidade, mas sim oferecer um serviço complementar àqueles já disponibilizados pelas outras empresas.

"Nosso objetivo é atuar nos locais da cidade onde ainda existe um 'buraco' na cobertura dos serviços de banda larga, ou seja, poder atender quem hoje não consegue ter acesso ao serviço de banda larga, com modem wi-fi", revelou Fares Nassar.

"O nosso foco é investir em sinal de Internet de alta capacidade, principalmente na recepção de dados, como, por exemplo, quando o usuário assiste um filme ou joga on-line", completou.

A Quattro Telecom utiliza a tecnologia TD-LTE-4G, que é o que existe de mais avançado em conexão de Internet atualmente. A empresa é de origem brasileira e Campinas foi a cidade escolhida pela entidade para iniciar a operação de serviço de 4G.

Durante a reunião que aconteceu na última sexta-feira, entre o presidente da empresa, Fares Nassar, e o secretário-chefe de Gabinete da Prefeitura de Campinas, Alcides Mamizuka, foram apresentadas algumas propostas de parcerias entre a empresa de telecom e a Prefeitura de Campinas através da Informática dos Municípios Associados (IMA), como, por exemplo, a ligação via Internet do cartão SUS para toda a Região Metropolitana de Campinas, o compartilhamento de torres e do call center.

A instalação da Quattro Telecom no Município de Campinas contará com um investimento de, aproximadamente, US$ 100 milhões e estima-se que vai gerar 300 empregos na Região Metropolitana de Campinas (RMC) e 150 em Campinas.

O data center da empresa está sendo instalado no Tecnopark e o escritório administrativo será construído na Avenida José de Souza Campos (norte-sul). 

Mais informações podem ser obtidas pelo site: www.quattrotelecom.com.br/

 DCI

20/08/2012 - 00h00 | Atualizado em 20/08/2012 - 00h26