sexta-feira, 27 de julho de 2012

Caminhoneiros bloqueiam a Rodovia Fernão Dias em três trechos mineiros

SÃO PAULO - Em protesto contra as medidas de regulamentação da profissão da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), caminhoneiros bloqueiam, nesta madrugada de sexta-feira, 27, a Rodovia Fernão Dias em três trechos no Estado de Minas Gerais.

Segundo a concessionária Autopista, a pista sentido São Paulo está bloqueada no quilômetro no quilômetro 513, em Igarapé, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Eram seis quilômetros de filas de congestionamento às 5h30. O segundo bloqueio ocorre desde as 19 horas de quinta-feira, 26, também na pista sentido capital paulista, no quilômetro 545, em Itatiaiuçu. Lá são 12 quilômetros de trânsito parado.

No quilômetro 589, em Carmópolis de Minas, a rodovia também está bloqueada pelos caminhoneiros, mas em ambos os sentidos. São nove quilômetros de congestionamento em direção a Belo Horizonte e quatro quilômetros no sentido São Paulo. Neste trecho, as manifestações começaram por volta das 14 horas.

Outros estados. No Espírito Santo também há registro de bloqueios realizados por caminhoneiros. O tráfego na BR-101 está interrompido totalmente no quilômetro 374, em Iconha. A Justiça Federal no Espírito Santo havia determinado nesta quinta-feira, 26, que os caminhoneiros ligados ao Movimento União Brasil Caminhoneiro desobstruíssem as estradas federais do Estado. Na Bahia, há manifestação de caminhoneiros na BR-020, no quilômetro 206, em Luís Eduardo Magalhães.


27 de julho de 2012 | 1h 45

Ricardo Valota,

 O Estado de S.Paulo
Atualizado às 5h30

quarta-feira, 25 de julho de 2012

O que falta é competitividade à economia



Miltom Paes
CAMPINAS - O coordenador-adjunto de Economia da Facamp, professor José Augusto Ruas, disse que os dados colhidos no primeiro semestre de 2012 são muito similares aos que foram registrados no primeiro semestre de 2009 indicando um cenário muito ruim.

"Em 2009 foi um imediato pós-crise e hoje existe essa mesma cautela Estamos num cenário de muita cautela do empresário que não apresenta sintomas de retomar investimentos", afirma

O diretor do Ciesp, José Nunes Filho, destaca que a falta de competitividade da economia regional e a falta de competitividade das empresas industriais do Brasil são reflexo de fatores já bastante conhecidos: carga tributária excessiva, emprego muito caro, energia cara, falta de infraestrutura e burocracia excessiva que se reflete na geração de emprego.

"Embora às vezes, nas estatísticas anunciadas pelo governo federal não apareça esse desemprego, ele existe de uma forma muito cruel porque aquele trabalhador que é demitido de uma empresa onde ganhava R$ 3 mi, R$ 4 mil e R$ 5 mil por mês, tinha um emprego de alta qualificação, era treinado todos os meses para se manter atualizado com a tecnologia do momento, ele desempregado vai ser entregador de pizza como motoboy numa pizzaria. Ele não está desempregado, mas a qualidade desse emprego cai. É isso que está acontecendo", conclui.

DCI

 25/07/2012 - 00h00 | Atualizado em 25/07/2012 - 00h18

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Campinas inaugura centro de tecnologia para deficientes


CAMPINAS - O Centro Nacional de Referência em Tecnologia Assistiva (CNRTA), uma ação do Programa "Viver sem Limite", gerenciado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), foi inaugurado na última sexta-feira m Campinas, nas instalações do Centro de Tecnologia da Informação (CTI) Renato Archer. 

O investimento inicial previsto é de R$ 12 milhões e seu papel será articular uma rede formada por outras instituições e pelo setor industrial, mobilizando e fomentando a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologia assistiva para que bens e serviços tecnológicos sejam distribuídos massivamente no mercado, com custos acessíveis.

O CNRTA foi inaugurado pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp, a ministra-chefe da Secretaria dos Direitos Humanos (SDH), Maria do Rosário Nunes, o secretário-executivo do MCTI, Luiz Antonio R. Elias, e o diretor do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), Victor Pellegrini Mammana.

A iniciativa do Programa Viver sem Limite permitirá a formação de uma rede de pesquisa, desenvolvimento e produção de tecnologia para pessoas com deficiência, visando plena inserção na sociedade, mais autonomia e melhor qualidade de vida

O Centro não atenderá diretamente às pessoas com deficiência, mas contribuirá, de forma efetiva, para a melhoria da inserção delas na sociedade. Hoje, segundo dados do Censo IBGE/2010, o Brasil tem 45 milhões de pessoas com deficiência. Segundo Victor Pellegrini Mammana, diretor do CTI Renato Archer, o alinhamento da demanda social à capacidade de inovação dos agentes de pesquisa é bastante atrativo para o setor produtivo, que é o agente responsável por levar a tecnologia assistiva na forma de bens e produtos, até a sociedade. 

"A transformação da missão do CTI Renato Archer, a partir de agora, passa a se dedicar, também, à promoção da acessibilidade e do desenho universal, à promoção da qualificação de produtos e serviços e à geração de avanço do conhecimento em Tecnologia Assistiva, somando décadas de pesquisas nessa área, e pelo menos 9 diferentes projetos de grande porte em andamento", diz Mammana.

O MCTI pretende repassar anualmente R$ 1 milhão para o custeio dos trabalhos do Centro, além de R$ 500 mil para vinte núcleos organizados em várias universidades do País. Esta medida busca apoiar coordenadamente os esforços nacionais de produção de inovações tecnológicas nessa área. A verba é vinculada ao plano "Viver sem Limite".

Segundo Marco Antonio Raupp, ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, o Centro é um empreendimento exemplar de política social e científica. "Arrisco-me a dizer que o CNRTA é a tradução do sonho de unir ciência e tecnologia com demandas concretas da sociedade", afirma.

A criação do Centro é uma das ações do componente de Ciência e Tecnologia do Plano Viver sem Limites, que também conta com R$ 90 milhões de crédito subsidiado e R$ 60 milhões de subvenção para financiar o desenvolvimento de novos produtos.

Para Maria do Rosário Nunes, ministra-chefe da Secretaria dos Direitos Humanos, o Viver sem Limites deve ser um plano federativo que potencializa a União, estados e município com a locação de recurso e políticas públicas. "Entre todas as políticas que o viver sem limites prevê, o CNTRA é a que mais nos inspira o espírito da convenção dos direitos da pessoa com deficiência das Nações Unidas", afirma.

Após a inauguração, as autoridades visitaram o CTI Renato Archer para conhecer as instalações e as pesquisas desenvolvidas na área de tecnologias assistivas. Estiveram presentes, também, seis entidades que apresentaram seus produtos e serviços na área.


Milton Paes

23/07/2012 - 00h00 | Atualizado em 23/07/2012 - 00h55



Cafeicultor mineiro corre para amenizar danos da chuva


Agronegócios

SÃO PAULO -  Os cafeicultores de Minas Gerais estão correndo para diminuir o prejuízo: após duas semanas de chuva, que atrasou a colheita e afetou o grão, o tempo se abriu e os produtores passaram a acelerar o trabalho no cafezal, para garantir a qualidade e o preço do produto. Os cooperados da maior organização de café do mundo, a Cooperativa Regional de Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé), já deveriam ter colhido, a essa altura da safra, 70% da área plantada - colheram 50%. As águas e o vento derrubaram, no chão, 30% do café cultivado pelos agricultores da Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas (Cocatrel).

"Vai haver uma perda significativa de receita para o produtor", afirmou o porta-voz da Cooxupé, Jorge Florêncio, estimando que, nesta safra, o nível de "café bom" produzido pela Cooxupé deverá cair de 85% para 65%, em médias, do volume total.

A expectativa negativa dos cafeicultores, em relação aos preços, está ligada antes ao déficit de qualidade do produto do que à possibilidade de haver baixa no volume final da produção. Exposto à chuva, o grão escurece, adquirindo um aspecto ruim, e fermenta-se precocemente, tornando a bebida pior.

O conselheiro Nivaldo de Mello Tavares, da Cocatrel, calcula perdas de R$ 100 por saca em função da qualidade. A "saca boa" custa R$ 430 [no ano passado, valia R$ 530], de acordo com ele. Enquanto o café afetado pela chuva, quando recuperado, deve valer em torno de R$ 330.

"O produtor está correndo para colher o café do pé", contou Tavares. Depois, se possível, tentarão recuperar os grãos que ficaram caídos no chão, segundo o conselheiro, que disse haver muita dificuldade em percorrer o solo encharcado das lavouras - até mesmo para as máquinas.

"No ano passado, parou de chover em maio e só voltou em setembro. 

Tivemos 90% das sacas com boa qualidade", lembrou Tavares. "Neste mês, tivemos chuvas de 60 mililitros, quando o normal é zero." A Cocatrel, que envolve produtores de 65 municípios, registrou produção de 1,3 milhão de sacas em 2011. Para este ano, previa um novo volume, de 1,5 milhão. Mas os líderes da organização já admitem que a produção não deve mais chegar a tanto.

A Cooxupé, por outro lado, mantém a projeção inicial de produzir 5,5 milhões de sacas de café na safra atual. "A colheita está um pouco atrasada, então a tendência é acelerar", disse Florêncio. "O tempo deu uma firmada agora. Pelo menos, parou de chover", acrescenta. Na melhor das hipóteses, considerando as estimativas do início da temporada, a Cooxupé colheria seis milhões de sacas nesta safra.


Espírito Santo

Se a chuva afetou os cafezais mineiros, o mesmo não se pode dizer das lavouras de café do Espírito Santo. Na região serrana, as chuvas foram, inclusive, favoráveis, à cultura. "As chuvas de junho beneficiaram o desenvolvimento do grão. A colheita começou quando já haviam parado", relatou o gerente de Café da Cooperativa Agropecuária Centro Serrana (Coopeavi), João Elvidio.

A organização, que investe no desenvolvimento do tipo conilon, para produzi-lo de acordo com o mercado de cafés especiais, deve acumular produção de 300 mil sacas do grão (inclui-se o arábica) na safra em vigor.

DCI

23/07/2012 - 00h00 | Atualizado em 23/07/2012 - 01h06 

Sindicato promove campanha inédita com transportadoras


 
CAMPINAS - Anualmente, 1 milhão de acidentes de trânsito são registrados no Brasil, com saldo de 500 mil feridos e 40.610 mortos, além de um custo de R$ 30 bilhões com despesas médicas, seguros, dentre outras. Do total de acidentes, cerca de 4% deles envolve veículos pesados como caminhões, o que gera grandes impactos nas ruas e estradas do País por seu tamanho.

 De olho nestes números e com o objetivo de reduzir estas estatísticas, a ComJovem Campinas, uma comissão de jovens empresários dentro do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de Campinas e Região (Sindicamp), lança hoje às 19h, na sede do Sindicamp, o programa "Trânsito Consciente - Zero Acidente".

Com o apoio do Serviço Social do Transporte (Sest) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat), o programa piloto conta inicialmente com 20 empresas de transportes da região de Campinas. Elas passarão a informar mensalmente ao programa os números de acidentes envolvendo suas frotas, com o objetivo de se criar um índice estatístico para mensurar os acidentes, vítimas e prejuízos. Em cima desses dados serão criadas políticas e programas junto aos empresários e motoristas para redução dos índices, melhorar a imagem dos transportadores e aumentar a cultura de segurança.

Além da criação de dados estatísticos e monitoramento dos acidentes, o programa também contará com ações de conscientização nas estradas da região de Campinas, através do envolvimento da Polícia Rodoviária, concessionárias de estradas e palestras em escolas da região, com representantes da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), além de parcerias a serem fechadas nos próximos meses com universidades e instituições de ensino.

O presidente do Sindicamp, Carlos Panzan reconhece que se trata de um trabalho intenso e ambicioso, mas importante para baixar os dados estatísticos atuais. "Nosso objetivo com este programa é zerar os acidentes e as fatalidades, incentivar o acompanhamento estatístico dos acidentes, implantar medidas preventivas e premiar o desempenho dos motoristas nos quesitos saúde e meio ambiente", diz.

O coordenador da ComJovem Campinas, Walter Darri, disse que existem inúmeras campanhas em todo o Brasil, cerca de 10 mil, mas nenhuma campanha saindo do setor. Walter afirma que os objetivos da campanha seriam melhorar a imagem do transportador, pois qualquer acidente que ocorra, mesmo não sendo de responsabilidade da transportadora, esta acaba sendo a vilã da história devido ao estrago muitas vezes registrado em um acidente envolvendo caminhão, melhorar a cultura de segurança na transportadora em si, não só com o motorista, e desenvolver e mostrar isso para a sociedade. 

"O projeto piloto começa com 20 transportadoras onde a gente já realizou os dados estatísticos, as principais causas de acidentes, o que pode ser melhorado, as investigações que foram feitas e em cima dessas 20 transportadoras a gente vai desenvolver o manual de segurança e vamos convidar as outras empresas. Em Campinas e região são mais de 2 mil transportadoras, então desenvolvendo essa cultura de segurança a gente acredita que vai conseguir reduzir fatalidades e acidentes".

Segundo Walter Darri, esta iniciativa inédita é um piloto que está começando pela região de Campinas, mas com o objetivo de ser estendido para todo o Brasil nos próximos anos.

A vice-coordenadora da ComJovem, Daniella Mori Kujiraoka, aponta que outro ponto importante do Programa "Trânsito Consciente - Zero Acidente", é a relação conflituosa que hoje existe entre motoristas de veículos pesados (caminhões e ônibus) com motoristas de carros leves, principalmente quando há registros de acidentes. "Queremos mudar este cenário", completa.


 Milton Paes

DCI

23/07/2012 - 00h00 | Atualizado em 23/07/2012 - 00h46

sexta-feira, 20 de julho de 2012

XCMG amplia aportes no Brasil em Pouso Alegre




Os indicadores de desaceleração da economia brasileira não esfriaram os planos da chinesa XCMG no país. Além dos US$ 200 milhões que estão sendo investidos na primeira fase da construção da fábrica em Pouso Alegre (MG), a empresa informou ao Valor que já prepara uma segunda rodada de US$ 300 milhões em investimentos para aumentar a escala de produção, a partir de 2013.

Os indicadores de desaceleração da economia brasileira não esfriaram os planos da chinesa XCMG no país. Além dos US$ 200 milhões que estão sendo investidos na primeira fase da construção da fábrica em Pouso Alegre (MG), a empresa informou ao Valor que já prepara uma segunda rodada de US$ 300 milhões em investimentos para aumentar a escala de produção, a partir de 2013.

Segundo entrevista cedida por e-mail pelo gerente-geral da XCMG no Brasil, Xia Dechang, até 2015 o investimento total na unidade de Minas Gerais chegará a US$ 500 milhões. Com isso, a fabricante de máquinas para construção pretende passar dos atuais US$ 160 milhões de faturamento no Brasil - previsão da companhia para 2012 - para cerca de US$ 1 bilhão, no prazo de até dez anos. No mundo, a empresa estima faturar US$ 16 bilhões somente neste ano.

A construção da unidade, a primeira da companhia chinesa nas Américas, começou no ano passado e o início da produção está previsto para acontecer em abril de 2013. Às margens da Rodovia Fernão Dias, com área de 800 mil metros quadrados, a fábrica irá produzir, inicialmente, guindastes, rolos compactadores, motoniveladoras, escavadeiras e pás-carregadeiras.

A empresa estima que, no primeiro ano de operação, serão produzidas aproximadamente 1,5 mil máquinas, com a contratação de 350 empregados. Em 2015, após a segunda rodada de investimentos, a fábrica deverá chegar a uma produção anual de 10 mil unidades e terá cerca de 1,5 mil funcionários.

Dechang afirmou que a empresa já negocia com fornecedores locais de peças, como a Robrasa, a Meritor e a Cummins. A intenção é alcançar o índice de 60% de nacionalização para poder vender os produtos dentro das exigências das linhas de financiamento do BNDES.

O executivo esclareceu também que a XCMG vai continuar a fazer as vendas por meio das distribuidoras. No país ela atua com a GMT, Brasil Máquinas de Construção (BMC) e Êxito - parceiras da marca no Brasil desde 2004, cada uma responsável por produtos diferentes para não haver sobreposição dos parceiros.

A Êxito, inclusive, está investindo na construção de uma linha de montagem de máquinas XCMG no Complexo Industrial de Suape, em Pernambuco. Dechang afirmou que a fabricante chinesa tem interesse em formar uma joint venture com a Êxito e participar da unidade pernambucana, mas não deu maiores detalhes de como essa parceria será formalizada e quais os valores envolvidos no negócio.

Fonte: Valor

Noticiário cotidiano - Portos e Logística

Ter, 17 de Julho de 2012 07:36 

Ferrovia disputa clientes com destino à Argentina


A ALL América Latina Logística - empresa de transporte ferroviário que atua entre Campinas e Buenos Aires - vai dobrar o volume de carga movimentada este ano, superando 150 mil toneladas. Única empresa ferroviária do País que transporta contêineres, a ALL mantém atualmente três trens semanais com destino à Buenos Aires, embarcando em média 120 contêineres por semana. 'Nos responsabilizamos por toda a operação de exportação. Desde a retirada do produto na planta do exportador até entrega na porta do importador, com custos similares ao do transporte marítimo', diz João Carlos Rosas, diretor da ALL. 

 O bom desempenho da ferrovia - que se deve aos custos competitivos e agilidade na entrega - tem despertado a atenção de diversas empresas, que estão optando pelo trem no lugar de caminhões e navios. A Champion Papel e Celulose, por exemplo, exporta para a Argentina, através da ALL, cerca de 700 toneladas de papel por mês, trazendo, inclusive a produção da fábrica que mantém no Paraná - cerca de 200 toneladas - para ser embarcada de Sumaré. 'Os custos compensam', explica Dante Luiz Fecci, diretor de logística da Champion.

 A operação Paraná/Sumaré/Argentina custa US$ 70 por tonelada embarcada. O trem que realiza o transporte entre Brasil e Argentina possui 20 vagões e capacidade para 40 contêineres de 20 pés e de 40 pés (cada contêiner abriga de 25 a 28 toneladas). Entre as empresas que utilizam os serviços da ALL, estão a Círio do Brasil Alimentos, Halston Purina do Brasil, Colgate Palmolive Divisão Kolynos do Brasil, Aço Villares, Alcoa Alumínio, Ripasa Celulose e Papel.

A ALL América Latina Logística - empresa de transporte ferroviário que atua entre Campinas e Buenos Aires - vai dobrar o volume de carga movimentada este ano, superando 150 mil toneladas. Única empresa ferroviária do País que transporta contêineres, a ALL mantém atualmente três trens semanais com destino à Buenos Aires, embarcando em média 120 contêineres por semana. 'Nos responsabilizamos por toda a operação de exportação. Desde a retirada do produto na planta do exportador até entrega na porta do importador, com custos similares ao do transporte marítimo', diz João Carlos Rosas, diretor da ALL. 

O bom desempenho da ferrovia - que se deve aos custos competitivos e agilidade na entrega - tem despertado a atenção de diversas empresas, que estão optando pelo trem no lugar de caminhões e navios. A Champion Papel e Celulose, por exemplo, exporta para a Argentina, através da ALL, cerca de 700 toneladas de papel por mês, trazendo, inclusive a produção da fábrica que mantém no Paraná - cerca de 200 toneladas - para ser embarcada de Sumaré. 'Os custos compensam', explica Dante Luiz Fecci, diretor de logística da Champion. A operação Paraná/Sumaré/Argentina custa US$ 70 por tonelada embarcada. O trem que realiza o transporte entre Brasil e Argentina possui 20 vagões e capacidade para 40 contêineres de 20 pés e de 40 pés (cada contêiner abriga de 25 a 28 toneladas). Entre as empresas que utilizam os serviços da ALL, estão a Círio do Brasil Alimentos, Halston Purina do Brasil, Colgate Palmolive Divisão Kolynos do Brasil, Aço Villares, Alcoa Alumínio, Ripasa Celulose e Papel, Rodhia Stern, Fosbrasil, além de empresas de mineração e de cerâmica. A Magnevita, empresa de Poços de Caldas que exporta tijolos e massas refratários, e talco industrial, embarca semanalmente 500 toneladas de produtos para o município de Olavarria, distante 300 quilômetros ao sul de Buenos Aires. Este volume atende contrato de 3 mil toneladas com cimenteira argentina. O custo para retirada do produto em Poços de Caldas e entrega no município de Olavarria é de US$ 80 por tonelada, 'entre 15% e 20% mais competitivo que os custos dos modais marítimo e rodoviário', calcula Luiz Marcio Braga Guimarães, gerente de negócios para exportação da Magnevita, que vende produtos refratários para mais de cinqüenta países. As exportações da empresa devem somar US$ 40 milhões neste ano, 15% a mais que o volume embarcado no ano passado. As vendas para Argentina respondem por 10% deste volume. Outra empresa que utiliza os serviços da ALL com freqüência é a Ripasa Papel e Celulose, que iniciou os embarques há cerca de seis meses. Atualmente a Ripasa embarca 1,5 mil toneladas de papel por mês (entre 60 e 70 contêineres de 40 pés) para o mercado argentino através da ALL. 'Também exportamos pelos modais marítimo e rodoviário, mas cerca de 80% das nossas exportações para Argentina seguem pela ferrovia', diz Moacir Hayashida, chefe de serviço ao cliente da Ripasa, que exporta mensalmente 10 mil toneladas de papel tipo 'cutsize' (sulfite) e cartão (para embalagens) por mês para América Latina, Caribe, Europa, América do Norte e Extremo Oriente. Entre 15% e 18% deste total segue para o mercado argentino. De acordo com Hayashida, o bom desempenho da ALL se deve às constantes melhorias no serviço prestado pela empresa. 'No ano passado, quando o despacho aduaneiro era realizado em Uruguaiana - divisa com Argentina - o trem ficava detido por dias e o transporte demorava cerca de 22 dias. Atualmente o despacho aduaneiro é feito em Sumaré e houve ganho bastante expressivo. O custo do frete da ALL é de US$ 1,3 mil para contêiner de 20 pés e US$ 1,6 mil para contêiner de 40 pés. As entregas levam, no máximo, dez dias', diz. Os transportes rodoviário e marítimo tem custos em torno de US$ 1,9 mil por contêiner. A Fosbrasil exporta pela ALL há cerca de um ano, embarcando até quatro contêineres de 20 pés por mês de ácido fosfórico food grade (grau alimentício). Os custos, cerca de 25% mais econômicos que o transporte rodoviário e o menor risco de acidentes, são apontados como vantagens pelo supervisor de suprimentos e logística da Fosbrasil, Manoel Azevedo Coelho. A Rodhia Stern, de Poços de Caldas, também utiliza a ferrovia há cerca de um ano e já chegou a embarcar 4 mil toneladas de produtos (pet e poliester) por mês, 'mas com o aquecimento do mercado interno, aumentamos as vendas no Brasil em detrimento das exportações para a Argentina, que se situam atualmente em 2 mil toneladas por mês', diz Carlos Alberto Quintero, gerente de logística da Rodhia. A empresa, que deve encerrar o ano com exportações entre 25 e 28 mil toneladas, tem a Argentina como principal mercado, com 70% das vendas destinadas àquele país. Na avaliação de Quintero, o grande diferencial da ALL sobre as demais ferrovias brasileiras é o transporte de contêineres, 'mas a empresa ainda precisa adquirir o know-how dos operadores marítimos', completa. A LTI - Logística de Transporte Intermodal - operadora de serviço ferroviário, atende cerca de 25 clientes brasileiros e argentinos, que transportam mercadorias pela ALL, movimentando entre 8 e 10 mil toneladas de carga por mês, o dobro do movimento apurado no início do ano. Um grande número de clientes da LTI está concentrado em Poços de Caldas. O custo da tonelada retirada em Poços de Caldas (MG) e entregue em Buenos Aires se situa entre US$ 60 e US$ 65. 'Nossa meta para o ano é consolidar a movimentação em 10 mil toneladas por mês', diz Élio Mariani, gerente administrativo e operacional da LTI.


l, Rodhia Stern, Fosbrasil, além de empresas de mineração e de cerâmica. A Magnevita, empresa de Poços de Caldas que exporta tijolos e massas refratários, e talco industrial, embarca semanalmente 500 toneladas de produtos para o município de Olavarria, distante 300 quilômetros ao sul de Buenos Aires. Este volume atende contrato de 3 mil toneladas com cimenteira argentina. O custo para retirada do produto em Poços de Caldas e entrega no município de Olavarria é de US$ 80 por tonelada, 'entre 15% e 20% mais competitivo que os custos dos modais marítimo e rodoviário', calcula Luiz Marcio Braga Guimarães, gerente de negócios para exportação da Magnevita, que vende produtos refratários para mais de cinqüenta países. As exportações da empresa devem somar US$ 40 milhões neste ano, 15% a mais que o volume embarcado no ano passado. 

As vendas para Argentina respondem por 10% deste volume. Outra empresa que utiliza os serviços da ALL com freqüência é a Ripasa Papel e Celulose, que iniciou os embarques há cerca de seis meses. Atualmente a Ripasa embarca 1,5 mil toneladas de papel por mês (entre 60 e 70 contêineres de 40 pés) para o mercado argentino através da ALL. 'Também exportamos pelos modais marítimo e rodoviário, mas cerca de 80% das nossas exportações para Argentina seguem pela ferrovia', diz Moacir Hayashida, chefe de serviço ao cliente da Ripasa, que exporta mensalmente 10 mil toneladas de papel tipo 'cutsize' (sulfite) e cartão (para embalagens) por mês para América Latina, Caribe, Europa, América do Norte e Extremo Oriente. Entre 15% e 18% deste total segue para o mercado argentino. De acordo com Hayashida, o bom desempenho da ALL se deve às constantes melhorias no serviço prestado pela empresa. 'No ano passado, quando o despacho aduaneiro era realizado em Uruguaiana - divisa com Argentina - o trem ficava detido por dias e o transporte demorava cerca de 22 dias. Atualmente o despacho aduaneiro é feito em Sumaré e houve ganho bastante expressivo. O custo do frete da ALL é de US$ 1,3 mil para contêiner de 20 pés e US$ 1,6 mil para contêiner de 40 pés. As entregas levam, no máximo, dez dias', diz. Os transportes rodoviário e marítimo tem custos em torno de US$ 1,9 mil por contêiner. A Fosbrasil exporta pela ALL há cerca de um ano, embarcando até quatro contêineres de 20 pés por mês de ácido fosfórico food grade (grau alimentício). Os custos, cerca de 25% mais econômicos que o transporte rodoviário e o menor risco de acidentes, são apontados como vantagens pelo supervisor de suprimentos e logística da Fosbrasil, Manoel Azevedo Coelho. 

A Rodhia Stern, de Poços de Caldas, também utiliza a ferrovia há cerca de um ano e já chegou a embarcar 4 mil toneladas de produtos (pet e poliester) por mês, 'mas com o aquecimento do mercado interno, aumentamos as vendas no Brasil em detrimento das exportações para a Argentina, que se situam atualmente em 2 mil toneladas por mês', diz Carlos Alberto Quintero, gerente de logística da Rodhia. A empresa, que deve encerrar o ano com exportações entre 25 e 28 mil toneladas, tem a Argentina como principal mercado, com 70% das vendas destinadas àquele país. Na avaliação de Quintero, o grande diferencial da ALL sobre as demais ferrovias brasileiras é o transporte de contêineres, 'mas a empresa ainda precisa adquirir o know-how dos operadores marítimos', completa.

 A LTI - Logística de Transporte Intermodal - operadora de serviço ferroviário, atende cerca de 25 clientes brasileiros e argentinos, que transportam mercadorias pela ALL, movimentando entre 8 e 10 mil toneladas de carga por mês, o dobro do movimento apurado no início do ano. 

Um grande número de clientes da LTI está concentrado em Poços de Caldas. O custo da tonelada retirada em Poços de Caldas (MG) e entregue em Buenos Aires se situa entre US$ 60 e US$ 65. 'Nossa meta para o ano é consolidar a movimentação em 10 mil toneladas por mês', diz Élio Mariani, gerente administrativo e operacional da LTI.



Transporte Terrestre  |  28/08/2000

quinta-feira, 12 de julho de 2012

PPP de ferrovias atrai 18 grupos para Minas



O plano do governo estadual de revitalizar linhas férreas subutilizadas na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e no Vale do Aço ganhou o apoio da iniciativa privada. A Secretaria de Estado de Gestão Metropolitana (Segem) informou que recebeu 18 inscrições de grupos (empresas individuais ou consórcio) que manifestaram interesse na Parceria Público-Privada (PPP) das ferrovias. 

No dia 15 de junho, foi iniciado o Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) para identificar parceiros privados para o projeto, que contempla 21 municípios de Minas Gerais, com um traçado total de 500 quilômetros. 

A Secretaria se concentra agora na verificação das inscrições para saber se toda a documentação entregue pelos interessados está dentro dos requisitos estabelecidos. Após essa fase, será aberto prazo para que as empresas enviem suas propostas para a execução da PPP. Da entrega das propostas à analise caso a caso serão demandados oito meses. A intenção é que em 2014 alguns trechos estejam iniciando a operação. A definição dos parceiros do governo estadual ocorrerá em 2013, segundo a Segem. 

Foram alvos do PMI quatro lotes. O primeiro se refere ao trecho que vai de Sete Lagoas a Divinópolis, passando por Belo Horizonte. Nesse caso, ele atenderia à demanda crescente no Vetor Norte de Belo Horizonte. O segundo lote vai de Belo Horizonte a Brumadinho. O terceiro ligará Belo Horizonte a Conselheiro Lafaiete, com uma derivação até Ouro Preto. O quarto será na região do Vale do Aço. 

Ainda será encomendado um estudo, orçado em R$ 5 milhões, para detectar trechos subutilizados, inutilizados e a projeção de demanda e necessidade de instalação de trilhos. De acordo com o secretário da Segem, Alexandre Silveira, em São Paulo, os trens metropolitanos transportam diariamente cerca de 4 milhões de passageiros. Para Belo Horizonte, ainda não se sabe a dimensão exata da demanda, o que também será alvo de estudos.



22/07/2012 - Hoje em Dia

terça-feira, 3 de julho de 2012

ALL e PAC 2 duplicará Ferrovia Campinas Santos


ALL conclui este mês duplicação de trecho na Baixada Santista


A América Latina Logística (ALL) vai entregar até o fim do mês o primeiro trecho da duplicação de 383 quilômetros da ferrovia que vai de Campinas a Santos, no litoral de São Paulo. Orçado em R$ 535 milhões, o projeto faz parte do PAC 2, está sendo tocado em parceria com a Rumo Logística, do grupo Cosan, e vai facilitar o escoamento de açúcar e outras mercadorias produzidas no interior do Estado.

A obra foi dividida em quatro partes e o que está sendo finalizado é um dos trechos mais críticos. Tem 11,5 quilômetros, liga Perequê e Cubatão e custou R$ 26 milhões. Parte do segundo trecho, que tem 48 quilômetros e vai de Embu-Guaçu a Canguera, está em execução e deve ser concluída até o outubro. Nele serão investidos R$ 215 milhões. Os recursos são da Rumo, em troca de garantia de transporte pela ALL. O contrato entre as empresas prevê o transporte de até 9,5 milhões de toneladas de açúcar por ano pela malha paulista.

"A intenção é conseguir ganhos operacionais nesses trechos", diz o diretor de serviços e tecnologia da ALL, Marcos Rodrigues da Costa. Ele conta que uma parte ferroviária de quatro quilômetros depois da Ponte Casqueiro também está pronta e só depende da conclusão da mesma para também poder ser entregue.

A ALL já tem licença ambiental para executar mais 107,3 quilômetros, até Boa Vista, e as obras devem ser iniciadas em dois meses. Entre Embu e Perequê ela ainda depende de licença e a análise do pedido está em andamento. "Pretendemos concluir tudo até julho de 2013" adianta o diretor.

A duplicação de toda a ferrovia deve retirar das rodovias cerca de 1,5 mil caminhões por dia. Com a conclusão do primeiro trecho, a empresa diz que vai ser elevado de 30 para 60 o número de trens em circulação na margem direita e haverá melhorias na produtividade na margem esquerda do porto.

Outro gargalo está no segundo trecho, que tem restrição operacional de 34 trens por dia. Com a duplicação, o número vai saltar para 80. Como há um declive no local, o trecho exige o uso de uma locomotiva extra na subida, chamada de helper. Em alguns momentos a helper permanece no trecho e impede o fluxo de outros trens.

Sem a duplicação, a velocidade do transporte, com as paradas necessárias, é atualmente de sete quilômetros por hora. Com a duplicação, ela vai passar para 22 quilômetros/hora.

Jornal Valor     03 julho 2012

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Transporte ferroviário entre Santos e Campinas

Libra Logística inaugura serviço de transporte ferroviário entre Santos e Campinas

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A Libra Logística inaugura  hoje (29) o transporte ferroviário de contêineres entre a Libra Logística Valongo no Porto de Santos e o Porto Seco da Libra Logística Campinas. A iniciativa faz parte da parceria com a Brado Logística e tem o objetivo de contribuir para o fomento da multimodalidade, proporcionando soluções de logística sustentáveis e eficientes.



Sebastião Furquim, diretor geral da Libra Logística afirma que esta ação é uma busca de solução para o congestionamento no porto, além de proporcionar custo mais baixo e menos emissão de CO2. “Esta iniciativa representa o esforço em adequar nossas ações ao crescimento contínuo de cargas. Acreditamos que até um ano devemos transportar 24 mil contêineres”, ressalta o diretor.

Com o novo serviço, o transporte de contêineres por trem destinados à parte direita do Porto de Santos será facilitado, pois a maior parte das cargas de contêineres que acessam o porto por ferrovia é destinada ao lado esquerdo.

A frequência de viagens será semanal, sempre às sextas (Santos x Campinas) e terças (Campinas x Santos) e poderão ser transportadas cargas gerais – secas ou refrigeradas – não perigosas, acondicionadas em contêineres de 20’, 40’ ou 40’ HC. Serão atendidos fluxos de importação e exportação incluindo a retirada ou devolução de contêineres vazios em Santos.

Da Redação

  Portos e Logística Sex, 29 de Junho de 2012 08:36